O EGO E A MORTE DO FALSO EU

 A verdadeira compreensão surge da percepção da morte da ilusão do "eu". Embora a palavra "morte" assuste, ela representa um fim que nunca experimentamos plenamente. Estamos sempre buscando acumular e sentir segurança no que possuímos. A discussão aqui se concentra no término da "memória complexa", que guarda ofensas e mágoas, em contraste com a memória simples. Pergunto: é possível viver sem essa memória, sem depender da opinião alheia? Imaginar uma vida sem imagens de si mesmo ou dos outros, livre de defesas, é fascinante. Essa ideia, chamada de “morte do eu”, sugere uma existência sem a complexidade da egoidentidade, que é uma ilusão. Nossas emoções e pensamentos são universais, não individuais, e formam novas imagens nas relações constantemente. Estamos sempre alimentando o “eu” e o ego, criando uma memória complexa que gera conflitos e sofrimento. Essa vida centrada no “eu” é uma forma de ignorância. Ao buscarmos o autoconhecimento e a Verdade sobre nós mesmos, percebemos como essa construção do “eu” nos impede de viver a beleza do presente. A mente registra experiências, mantendo-nos presos ao passado. A morte do “eu” e do ego permite viver plenamente no agora, onde a experiência se torna irrelevante. Nesse estado, conectamo-nos com a Verdade do que realmente somos, além das ilusões. Ao nos encontrarmos com alguém, a experiência é intensa e plena, destacando a presença e a consciência, onde o ato de experimentar se torna significativo e único. O observador em nós funciona como uma câmera, distanciando-se do objeto para registrar experiências. Esse "eu" se manifesta em nossas interações, acumulando memórias que influenciam futuras relações. O ego, repleto de inseguranças, tenta controlar essas experiências, atuando como um registrador. Contudo, em momentos de conexão plena, como ao contemplar um pôr do sol, essa separação desaparece. Quando estamos imersos, não há observador; somos parte da Realidade. Nesse estado, a distinção entre o que observa e o que é observado se dissolve, permitindo um verdadeiro experimentar. Uma vida vivida sem o “eu” é livre, representando a morte do ego e a eliminação de memórias complexas, possibilitando um contato autêntico com a vida no presente. Coloquem isso em evidência agora, neste momento. Não é necessário estar na praia ou diante de um pôr do sol; o que importa é o aqui e agora. Um pensamento, um sentimento ou uma pessoa pode surgir ao seu redor. O “eu” e o registro dessa experiência são dispensáveis. A verdadeira Meditação acontece no presente, sem o ego ou a necessidade de capturar o momento. É preciso ter plena atenção, sem ambições ou desejos. Viver no “eu” é viver em morte; a verdadeira vida é livre do “eu” e se conecta com a Verdade do Ser e de Deus. Isso é Autorrealização, o fim da ilusão e da complicação, trazendo liberdade, amor e felicidade. Aqui está a Verdade do seu Ser.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O EGO, ESTADOS TRANSITÓRIOS E CONSCIÊNCIA

O EGO E O DESPERTAR DA MENTE