O EGO E AS AÇÕES CONDICIONADAS

 Vamos tratar da ação. A ação é importante. Investigaremos a importância da ação Livre. Nossas ações determinam a vida. A vida consiste em ações. Falar e ouvir são ações. Estamos diante do desafio da ação Livre, para que você compreenda o que é colocado. A comunicação precisa ser direta; caso contrário, não haverá Verdade. Este é um exemplo de ação.


Nossas ações são conflituosas e entram em contradição, pois falta comunhão. Temos um modelo de mente condicionada, onde as ações nascem de desejos. Muitas vezes, essas ações não estão de acordo com o bom senso. Algo em nós indica que a ação pode causar sofrimento. Contudo, insistimos em fazer o que não queremos, impulsionados pelo desejo.

Esse padrão do “eu” reflete como nos vemos, em contradição. Pensamos uma coisa, sentimos outra e agimos de forma diferente. Estamos condicionados psicologicamente, o que impede uma ação Livre. A ação Livre é uma compreensão do momento. Este momento é um desafio. A comunicação requer comunhão. Se você concorda ou discorda internamente, não está acompanhando a fala. Isso é uma ação conflituosa, pois não há comunhão.

A comunhão não é aceitação ou discordância da fala, mas sim acompanhar a Verdade ou a não-Verdade apresentada. Isso vai além de um intelecto que julga com conceitos pré-estabelecidos. A questão da ação Livre requer que o passado não esteja presente. 


Nossas ações surgem de memória e reconhecimento, como ao ouvir uma fala. Elas nascem em níveis verbais e de gestos, registrando experiências que se repetem. Essa condição de ação vem do passado. Precisamos desse conhecimento guardado para compreender as palavras, que devem estar na memória. Reconhecer as palavras e ter conhecimento da língua é experiência adquirida, necessária para ações práticas.

Dirigir um carro é um conhecimento que você tem, mas não sobre pilotar um avião! Sem conhecimento, não há memória, lembrança ou experiência. É uma experiência desconhecida. Precisamos ter a experiência. A habilidade do cérebro de guardar informações é importante. A vida não consiste apenas em ações técnicas, mas também em ações que requerem algo além. O contato real com outra pessoa deve ser sem conflitos, medos ou desejos, pois isso gera sofrimento e ações egocêntricas.

Sentimos culpa, remorso, angústia e solidão em nosso ego. Isso ocorre pela ação do ilusório “eu”. Convidamos você a agir livre desse “eu”, no contato com o outro e consigo mesmo, buscando uma vida sem separação. Nossas ações centradas no ego geram problemas e sofrimento. É possível uma vida livre? Isso requer uma nova qualidade de contato. O conhecimento técnico é útil, mas viver preso ao passado é conflituoso.

A condição do “eu” é conflito e sofrimento. Nossa vida é no ego, com angústia e medo. Minha relação com o mundo é baseada na ilusão do eu. Eu crio imagens de mim e dos outros. Nossa relação com a família e o mundo é sem Liberdade, pois há um centro ilusório, o “eu”. É possível viver sem essas imagens? Isso representa não ser ferido, magoado ou ofendido. Viver livre da dependência de ser amado é a vida do ego e da autoimagem.

Estamos trabalhando para esclarecer que é possível viver o momento presente sem registrar o passado. Você pode manter apenas o que é importante, como seu nome e suas relações mais próximas. É viável libertar-se de imagens sobre quem você é. Isso ocorre quando o cérebro funciona de maneira nova, permitindo uma aproximação da verdade e do autoconhecimento. Conhecer-se e liberar essas imagens transforma sua relação com os outros, revelando a Verdade do seu Ser.

A Presença do Amor se manifesta nas relações, não na ideia de amor carregada de apego e medo. O medo de perder e ser traído nos leva a mecanismos de fuga. Investigamos a natureza do “eu” e a ação sem ele. A verdadeira Presença do Amor surge na ausência do “eu e o outro”, revelando Beleza, Verdade e Compaixão. O Amor e a Verdade estão interligados, e é essencial reconhecer a Natural Inteligência nas relações, além da inteligência humana, que é a Presença do Amor.

Essa ação é a ação livre do “eu”, do ego, em Amor, é livre do tempo. Não há passado, presente ou futuro. Não há um “eu” buscando ser melhor, tudo está aqui. O “lá fora” é a noção do tempo. Entre “aqui dentro” e “lá fora” existe a ilusão de separação e noção de espaço e tempo. Vivemos na expectativa de alcançar algo amanhã, como ser feliz ou aprender a amar. Essa ideação é uma projeção do ego, que busca escapar da Verdade. Podemos passar muito tempo buscando Deus, paz e felicidade, perguntando sobre a ação correta. Isso implica a ideia do tempo, algo para ser alcançado amanhã. A Verdade da ação livre do “eu” é a Presença do seu Ser, onde a Realidade de Deus é a única Verdade.

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